quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Branco


Simplesmente saber que você existe
Não me deixa completamente feliz
Talvez, perguntar sobre seu estado civil
Seja um pouquinho inapropriado
Mas saber que você me vê de outro jeito
Apesar de não dizer “Oi!” enquanto caminha
Me deixa mais feliz

Na vez em que você apertou minha mão
Isto soou tão bem!
Eu juro, naquele momento, nunca me senti dessa forma
Sobre qualquer outro garoto
Eu não costumo fazer isso, mas...

Eu prometi que iria te notar mais
Até que um dia você passou em minha frente
E notei os seus olhos
Eu costumo notar os olhos das pessoas
Isso conta pontos para mim
E os seus...
Quão bonitos são teus olhos!

Eu apenas acho que nós nos daríamos bem
Não tenho a mínima coragem de dizer isso à você
Por isso me conformo em ficar aqui
Escrevendo esse estúpido poema
Unicamente sabendo que nos daríamos bem

E um dia, na primeira decepção,
Acreditava que não haveria nada para nos atrapalhar
Mas como sempre existem as pessoas
Que não se conformam com sua sorte
[Se é que tenho sorte, já que não acredito muito nisso]
Responderam indiretamente a pergunta inapropriada
Qual nunca fiz e nunca vou fazer,
E não me arrependo de nunca ter feito

Então eu tive uma parada cardíaca
Meus olhos não se encheram de lágrimas
Quando eu fui falar, não gaguejei
Meu interior cênico me ajuda nesses momentos
Tudo para não demonstrar que dentro de mim
Algo não batia mais, algo não existia
[Mais uma disturbante vez]

Não chegaram a me dizer que você não me merecia
E que você não era tão bonito assim
Ou então que não haviam gostado de você desde o início
Mas minha imagem sobre você mudou
Durante alguns dias você se tornou um dickhead
Até chegar a segunda fase
[Talvez a que mais me admiro]

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