quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Memórias de um viajante


Olhando tudo por aqui
Parece que estou tão perto do céu
A cada metro percorrido ele se torna mais palpável
Meu estômago está em uma condição que não torna isso mais fácil
Eu sinto o seu cheiro e tudo revira por dentro
Minha cabeça está tão pesada, e confunde o verde dominante
Tornando-o quase um borrão entre as casas e as montanhas
As nuvens estão tão escuras e baixas
Mas consigo ver algo de sol por trás delas
É um caminho que parece não ter fim
Eu ando, ando, e nunca acaba
Às vezes parece que está terminando
Eu avanço, mas continua a mesma coisa
Até eu olhar para trás e ver o tanto que já andei
Saber que estou na metade do caminho reconforta
Talvez eu tenha me iludido muito
Tantas coisas foram ditas ao meu respeito
Mas nenhuma vinda de você
E foi daí que me fiz, inventei um mundo pra nós dois
Até quando isso não vai ser realidade?
Os urubus estão sobrevoando logo ali
Sinal de alguma coisa
Eu vi seu olhar me sobrevoando
Sinal de alguma coisa
Somos arranjados. Falsos. Cheios de expectativas alheias
A vida segue, tão difícil às vezes
Mas eu sei que isso poderia ser o paraíso
Nada é tão pesado que não seja opcional
E acredite, meu amor,
Nenhum sonho é insano demais para não se realizar
Ou você faz ele acontecer
Ou ele te faz

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