quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Abóbora Selvagem

Você me confunde da cabeça aos pés
Desde o começo da manhã até quando faz frio
Olho a espuma do meu café, e vejo o teu olhar
Nada me diz exatamente quem você é
Mas eu não me importo com nada
Eu dou meu trago de você
Sinto a sua nicotina em minhas veias
E com a fumaça de todas as confusões
Me embaço e me confundo um pouco mais
Não me conformo com o vício de você
Sem contar as vezes que você me faz morrer
Sem saber direito o que eu faço sem você
Esse amor que é destilado e esfumaçado
Com a bagunça das luzes e dos graves
Mas eu não quero outra vida
Me acostumo com essa doença e meu pequeno prazo de existência
Também vou me acostumar, um dia, quem sabe,
Com você amando alguém, e eu, você

Sinceramente?
Continuo sonhando acordada
Olhando você na porta da minha casa
Como se estivesse lá há anos
Esperando minha surpresa
Você derrete qualquer frieza com o olhar
E tudo o que eu escrevo...
É apenas o que eu espero

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