segunda-feira, 14 de março de 2011

Muitas vezes, sempre


É tão difícil te deixar!
Só não digo impossível porque nada nessa vida é impossível.
Eu garanto, sim, não tenho o mesmo sentimento daqueles meses,
Daqueles longos e dolentes nove ou dez meses;
Mas o que resultou disso ainda me traz a vontade de te ver.
Amei-te secretamente e continuo a venerar-te em segredo.
Pode parecer estranho e um pouco receoso,
Mas a verdade é que – confesso – sua vida me interessa,
Saber, pelo menos superficialmente, como estás é atraente.
Seria pedir demais te ter, e seria audácia minha pedir isso
Já que tenho mais que provas de que sou passageira em sentimentos reais.
E hoje vejo que anulei um pouco a vontade de te encontrar
E se naqueles tempos tivesse te encontrado,
Certamente viriam a ser diferente as coisas.
Mas, como digo, as coisas acontecem muitas vezes como devem ser
E se não era para sermos um do outro, não fomos.
E se algum dia nessa longa estrada da vida
Tivermos que nos pertencer – nem que seja por um momento
Iremos! E como iremos! E sempre, e muitas vezes nunca.

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