terça-feira, 25 de outubro de 2011

Memórias (parte 1)


Tantas vezes batemos a cabeça na parede
Tantos erros cometemos insanamente
Eu te apresentei como a melhor parte de mim
E ao menos sabia que já estávamos no fim

Quão deprimente é dizer que estávamos no nosso fim
É como colocar fogo em uma folha de papel sem álcool
Ele começa forte, mas não dura muito tempo

Eu não tenho culpa de amar o nosso passado
Nem de lembrar dele tantas vezes assim
Vai dizer que sou tola, porque em mim não pensas mais
E eu responderei: “Minta para mim, pode até conseguir me enganar,
Mas seu interior sabe que está se contradizendo”

Lembro-me daquele carnaval de luzes na noite da cidade desconhecida
Nossos planos desmanchados pela chuva
E não sobrou nada mais do que passar todo o tempo falando de nós
Rindo, sorrindo, brilhando, sentindo todo aquele amor maluco
Tínhamos um amor maluco

Um dia cheio de nós, cheio de sonhos londrinos do velho mundo
A excitação implícita em nosso interior por tanta vida que estávamos a viver
Aquela noite em que o tarde nunca era tarde demais
Aquele momento em que se despediu e sussurrou em meu ouvido
“Eu te amo”

Poderia eu não esquecer isso? Sim, ou claro?
Você, eu não ligo, esqueça o que quiser
As lembranças me trazem gosto de felicidade
Uma felicidade que, se esqueceres, nunca mais irá sentir igual

Particularmente: não te conheço, e não sei se quero mais conhecer
Sempre que pego uma estrada, a sigo até o fim – e não olho para trás
Eu sinto amor pelo passado, e aquele passado bem longínquo
Nos primórdios de nós, nos primórdios do nosso insano amor

Não estou pedindo para voltar, não estou dizendo que me arrependi,
Não estou fazendo-te lembrar das coisas bonitas para se sentimentalizar,
Não estou pedindo desculpas, não estou omitindo erros,
Estou escrevendo minhas (lindas) memórias
Lindas e fugazes

2 comentários:

Jooice (: disse...

Muuiitooo liindo Dani *--* AMEI!

D. Strabler Kowalski disse...

obrigada amor! que bom que gostou *----*