terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Illusio


A tristeza é a alegria da minha alma
Vivo em um profundo estado de espírito agridoce
Onde não somente o brilho dos teus olhos não faz mais sentido
Capturei-me num estado tão flagelado pelo cansaço
E talvez pela sublime e elegante dor
Passo dias deitado em minha cama, não bebo, não como, vegeto
Se não é ali que estou, peno como uma alma pelas ruas paralelepipedais
Passando pelos cafés, sentando-me nas mesas, observando as pessoas
Toda a certeza nada traz de certo, a não ser a dúvida, que é incerta
Numa atmosfera onde tudo é previsão, nada passa de aproximação
Seríamos nós, eu e eu mesmo, uma ilusão da existência?
Será que somos reais? Se até o toque entre as pessoas é ilusão
Me perdi na minha inexistência quando meu guia se foi
Já que sou uma ilusão, me iludi mais do que pude, e espero o estado completo disso
Até a tua pequena alma que paira, não como a minha, regresse de onde partiu
Regresse para o meu lado inexistente

2 comentários:

Felipe Younan disse...

Realmente inspirador, profundo

curti mesmo :D

D. Strabler Kowalski disse...

que bom que curtiu *-*