terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Illusio


A tristeza é a alegria da minha alma
Vivo em um profundo estado de espírito agridoce
Onde não somente o brilho dos teus olhos não faz mais sentido
Capturei-me num estado tão flagelado pelo cansaço
E talvez pela sublime e elegante dor
Passo dias deitado em minha cama, não bebo, não como, vegeto
Se não é ali que estou, peno como uma alma pelas ruas paralelepipedais
Passando pelos cafés, sentando-me nas mesas, observando as pessoas
Toda a certeza nada traz de certo, a não ser a dúvida, que é incerta
Numa atmosfera onde tudo é previsão, nada passa de aproximação
Seríamos nós, eu e eu mesmo, uma ilusão da existência?
Será que somos reais? Se até o toque entre as pessoas é ilusão
Me perdi na minha inexistência quando meu guia se foi
Já que sou uma ilusão, me iludi mais do que pude, e espero o estado completo disso
Até a tua pequena alma que paira, não como a minha, regresse de onde partiu
Regresse para o meu lado inexistente

domingo, 4 de dezembro de 2011

Foi quando eu vi em seus olhos, acabou.


Eu te amei.
Eu te quis, te sonhei, te tive, me iludi, me machuquei, e desisti.
Mas nada te levará de mim, porque você fez parte de mim, e não há como apagar nossas lembranças.
Um amor nunca termina, ele apenas é abandonado. Eu abandonei por não conseguir mais conviver com tudo o que nos envolvia.
Todos aqueles erros, aquelas tentativas (falhas) de mostramos um ao outro que podíamos viver sem a gente, aquelas persistências em mostrar que saberíamos nos cuidar sozinhos; e hoje estamos aqui.
Nosso orgulho nos tirou tudo.
Hoje, depois de tanto apanhar, aprendi a andar com meus próprios pés, sem a ajuda da sua mão que tanto me acolheu, mas me abandonou quando eu mais precisava. Hoje eu posso dizer: sei me virar sozinha, sei ser feliz sem você.